O papel do farmacêutico na luta contra o câncer
Uma estimativa do Instituto Nacional
do Câncer (INCA) revelou que são esperados 704 mil novos casos de câncer no
Brasil por ano até 2025. A maioria está relacionada a fatores não hereditários,
como hábitos alimentares e falta de atividade física.
De acordo com o INCA, o que mais
influencia na prevenção do câncer é a redução de peso, realização de exercícios
e diminuição do uso do cigarro.
Os tumores mais comuns no Brasil são:
- Pele (31,3%)
- Mama feminina (10,5%)
- Próstata (10,2%)
- Cólon e reto (6,5%)
- Pulmão (4,6%)
O câncer é a segunda principal causa
de morte no mundo, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Apesar do índice de mortalidade alto, a
doença pode ser prevenida em um terço das situações e as chances de cura chegam
a 90% quando diagnosticada no início.
Diante do crescimento do número de
pacientes, tanto as farmácias quanto os farmacêuticos se tornam aliados
importantes da população.
Farmacêutico oncológico
O farmacêutico oncológico é uma das
possibilidades de carreira para quem completa a graduação em Farmácia. O profissional atua na manipulação e
gerenciamento de medicamentos utilizados em diferentes etapas do tratamento.
O profissional também é o responsável pela gestão da
farmácia clínica e é um profundo conhecedor de diferentes terapias. Ele, muitas
vezes, tem que lidar com pacientes de alta complexidade, assumindo um papel
importante no auxílio do paciente com câncer.
No Brasil, a grade curricular do curso
tradicional de Farmácia não contempla teoria e prática em oncologia. Por conta
disso, é necessário que o farmacêutico complemente a sua formação através de
cursos complementares, pós-graduação e programas de residência.
Segundo a resolução 288/96 do Conselho
Federal de Farmácia, somente o
farmacêutico é autorizado a manipular os citotóxicos utilizados na
quimioterapia. O profissional tem conhecimento sobre manejo e diretrizes
para garantir a segurança do paciente.
Contato direto com o paciente com câncer
As farmácias representam uma grande
aliada no combate à doença por ter um contato direto e mais frequente com os
pacientes.
Alguns pacientes procuram por
medicamentos específicos e acabam negligenciando os sintomas do câncer. Nesse
tipo de situação, cabe ao farmacêutico
orientar e recomendar que a pessoa procure o atendimento médico.
O farmacêutico também está apto a trazer
informações sobre possíveis eventos adversos de medicamentos utilizados no
combate ao câncer, explicando de forma clara e apropriada.
O acompanhamento farmacêutico traz
maior efetividade ao tratamento, garantindo que o paciente consuma os medicamentos na dose correta e não
abandone o tratamento. Ele também pode atuar na redução do impacto dos efeitos
adversos.
Prevenção
A farmácia também pode atuar na
prevenção do câncer. Os exames de PSA e TSH são alguns exemplos. Ambos coletam
o sangue na ponta do dedo e podem indicar, respectivamente, o desenvolvimento
do câncer de próstata e do câncer de tireoide.
A aplicação de vacinas é uma parte importante no
papel da nova farmácia. Imunizantes como a HPV Quadrivalente e da Hepatite B
previnem a infecção de vírus que podem desencadear o tumor.
O farmacêutico ainda pode fornecer
dicas para os seus clientes de cuidados e hábitos no dia a dia que ajudam a
diminuir o risco da doença. Alguns deles são:
- Praticar atividades físicas;
- Priorizar a alimentação saudável;
- Não fumar;
- Evitar bebidas alcóolicas;
- Manter o peso corporal adequado;
- Evitar comer alimentos
ultraprocessados;
- Evitar exposição ao sol entre 10h e
16h;
O dia 4 de fevereiro é o Dia Mundial
do Câncer. Sendo uma oportunidade de disseminar informações sobre a prevenção,
e o mais importante, colocá-las em prática.
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Crédito da imagem: iStock.com/Giselleflissak