Os pontos quentes, quando trabalhados de maneira correta, podem trazer muitas vendas para a sua loja.
Por isso, para te ajudar a ser mais assertivo nessa estratégia, a ANB Farma entrevistou Camila Dalmédico, gerente de marketing Metalfarma, empresa líder e referência no segmento de mobiliário e planejamento farmacêutico, que nos deu um verdadeiro dossiê de como aproveitar o melhor dessas áreas para obter mais ganhos. Confira!
ANB Farma: quais são os pontos mais quentes da farmácia? Por que esses locais são considerados como “quentes”?
Camila Dalmédico: os pontos mais quentes são aqueles considerados como destino pelos shoppers desse tipo de varejo. As categorias de destino são aquelas responsáveis pela ida do cliente até o PDV, como é o caso dos medicamentos que ainda são a principal razão de levá-los até o estabelecimento, embora outros segmentos como infantil, com fraldas e leites; cabelos, do mundo feminino; e cuidados pessoais como um todo, por exemplo, também sejam.
É importante saber que ilhas e pontas de gôndola destacam a exposição de produtos e, por isso, podem ser espaços quentes dentro das lojas. Basicamente os pontos quentes são aqueles com a maior circulação de pessoas, o que está diretamente ligado aos itens ali expostos ou a localização e sua funcionalidade, como é o caso dos caixas, afinal, todos que entram e compram algo na farmácia, obrigatoriamente precisam pagar. Dessa forma, assim como o balcão de medicamentos, o checkout ou a área ao entorno, são os lugares mais quentes do canal farma.
AF: como a farmácia deve trabalhar cada ponto quente?
CD: esses pontos devem estar nos locais corretos dentro do layout para que o fluxo de compra seja facilitado e inteligente, a fim de evitar áreas frias. Imagine que o caixa e o balcão de medicamento estejam lado a lado, na entrada do comércio: existe uma possibilidade muito grande do consumidor entrar, pedir o medicamento no balcão, pagar e sair, não explorando nenhum dos outros ambientes.
Assim como o layout influencia na assertividade, o mix e os mobiliários escolhidos para gerenciamento de tais categorias têm peso fundamental para que o potencial desses pontos quentes seja realmente aproveitado. Vale lembrar que tipo de acabamento, a iluminação, a comunicação visual, a matéria-prima, as medidas e os acessórios desses móveis precisam ser pensados com muita inteligência para que proporcionem o resultado esperado.
Com relação aos produtos, os mais indicados são aqueles que têm a maior procura e que necessitam de maior destaque, giro e/ou vendas, o que vai depender do objetivo e posicionamento de cada varejo.
AF: os pontos quentes variam de acordo com o tamanho da loja?
CD: não, os medicamentos, por exemplo, em uma loja pequena, média ou grande, sempre serão um ponto quente. O que muda, claro, é a quantidade desses espaços em PDVs de diferentes metragens. Um estabelecimento G certamente terá mais pontos quentes que uma P por conseguir trabalhar uma maior exposição de mercadorias e, portanto, ter mais opções (e espaço físico) para explorá-los, sejam em pontos extras, destaques negociados com as indústrias ou “repescagem” de itens.
AF: quais as melhores estratégias que as farmácias devem realizar para atrair os clientes para esses pontos mais quentes da loja?
CD: