A primavera é marcada por ser a estação das flores e também pela mudança do clima, alertando sobre a hora de rever o mix da farmácia.
Mas, você deve estar pensando: como fica o meu sortimento se ainda estamos passando pela pandemia do novo coronavírus? Sim, esse é um dos pontos que precisa estar no seu planejamento.
Teresa Cristina Zanon, conselheira do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (IBEVAR), informa que a questão da covid-19 impactará na elaboração já que novos produtos para higiene tomaram um espaço dentro da loja e que possuem venda recorrente no momento, ou seja, até a chegada de uma vacina e o consumidor ter segurança de transitar de forma livre, o PDV deverá destacar esses itens de uso frequente e necessários para a população.
Além disso, a conselheira pontua outras ações importantes quando o assunto é a troca do mix:
- Avaliar o histórico de vendas das categorias que obtiveram sucesso ou baixa demanda na primavera anterior;
- Comparar com o 1º semestre de 2020, que foi bastante atípico em virtude da pandemia e isolamento social;
- Fazer um cruzamento de dados com o desempenho do mercado, via estudos da Nielsen/IQVIA, por exemplo, que são mensais;
- Buscar fazer uma pesquisa junto ao seu cliente frequente e alinhar expectativas de preços e promoções;
- Verificar na região em que atua o posicionamento da concorrência e ações que estão aplicando ao shopper/consumidor;
- Avaliar os fornecedores (indústrias/marcas) que representam 80% do faturamento da loja;
- Análise de estoques e validade de produtos.
“Resumindo: para elaborar um mix mais próximo do ideal, a gestão de compras deverá analisar os dados para começar a fazer o planejamento das aquisições, abastecimento e execução para o PDV”, salienta.
Estratégias de vendas
Depois de fazer esse levantamento, é fundamental pensar em estratégias para aumentar as vendas. Segundo Teresa, a farmácia é um canal que o shopper procura se abastecer na vizinhança e de forma contínua. Portanto, é necessário evitar a ruptura de produtos.
“A loja bem abastecida, com base no histórico de vendas e uma análise de mercado, já estará priorizando as principais categorias e outras oportunidades que as indústrias oferecem nos formatos de promoções nos encartes”, afirma.
A conselheira também comenta que se o estabelecimento possuir um calendário de trade marketing, poderá avaliar com as indústrias as melhores oportunidades para desenvolver promoções de preço “de/por”, ofertas industrializadas leve 3 pague 2 ou com foco na operação do PDV.
“Isso só exige uma comunicação efetiva, por exemplo, na compra da 2ª embalagem, pague com 50% de desconto ou, ainda, um encarte bem segmentado contemplando os 4P´s do marketing”, ensina a conselheira.
De olho nas oportunidades do momento
Para Teresa, a primavera oferece ao varejo farmacêutico a oportunidade de preparar as vendas para diversos momentos como a Black Friday, pré-verão (com categorias de protetores solares), fim de ano e férias.
Entretanto, no “novo normal”, o cliente irá considerar o recurso que dispõe e se realmente está precisando daquele produto.
“A compra por impulso vem sendo substituída por aquela planejada que é quando a pessoa já sai de casa com a lista determinada ou efetua as aquisições pelo e-commerce. O varejista precisa estar atento a essas mudanças de comportamentos para planejar seus estoques”, finaliza.
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