Mesmo com a volta gradual às atividades presenciais, grande parte da população segue preferindo compras por delivery em farmácias
É inegável como a pandemia de Covid-19, que chegou ao Brasil em março de 2020, mudou os hábitos de consumo dos brasileiros. Consequentemente, isso afetou diretamente o comércio, incluindo as farmácias. Com isso, algumas práticas precisaram ser adotadas para que as vendas continuassem funcionando positivamente para as drogarias.
Para suprir as necessidades dos consumidores, portanto, as farmácias precisaram encontrar uma nova forma de atender seu público por conta do período de isolamento social. Isso porque, mesmo com as lojas físicas abertas para a população, muitas pessoas passaram a preferir os métodos online por medo da exposição ao vírus.
Dados da Associação Brasileira das Redes de Farmácias (Abrafarma), entre fevereiro e março de 2020, mostram que as vendas de e-commerce subiram 85,36% nesse período. No acumulado de janeiro a abril, há um crescimento de 72% em relação ao período homólogo de 2019. Conforme compartilha o Farmácias APP, aplicativo de vendas online de itens de saúde e beleza, esse modelo de compra teve alta de 110% ao longo da pandemia.
As informações da Abrafarma também relatam que, até 2019, menos de 1% das vendas das farmácias eram online, explicitando ainda mais o crescimento significativo dessa modalidade. Vale lembrar que, antes do cenário de Covid-19, cerca de 80% das redes de drogarias nem disponibilizavam opções de compra via internet. Não apenas os aplicativos cresceram, como a integração entre os diferentes canais de venda — site, APP, telefone e WhatsApp. Em geral, o delivery garante rapidez e agilidade, com as diferentes lojas físicas priorizando os clientes mais próximos e facilitando todas as entregas.
Afinal, como se encontra o cenário atual?
Por conta do sucesso de vendas no ambiente digital, as farmácias seguem investindo na entrega de produtos por delivery, oferecendo, portanto, mais agilidade, conforto e segurança aos clientes. Esse reflexo é muito positivo para as drogarias, que mantêm a sua curva de crescimento dos últimos três anos.
Dados disponibilizados a partir de um levantamento da Abrafarma, e compartilhados pelo Panorama Farmacêutico, revela que o primeiro trimestre de 2022 apresentou uma alta de 14,7% em relação ao mesmo período de 2021, atingindo uma receita de R$ 18,24 bilhões.
A modalidade digital é expressivamente vantajosa para as farmácias. E essa prática deve continuar frequente, porque, segundo a Abrafarma, além do medo à exposição ao vírus, houve a flexibilização da legislação para a venda de medicamentos controlados, sendo muito benéfica ao modelo online de compra.
Além de ser uma opção indispensável para auxiliar o consumidor, as informações da Abrafarma também mostram que essa crescente do setor reflete no fortalecimento do mercado de trabalho. Ainda, pela primeira vez, a procura por farmacêuticos tem aumento de dois dígitos.
“A pandemia colocou ainda mais em evidência o papel das farmácias como centros de saúde e assistência primária à população. A necessidade de um atendimento mais especializado e que incentive a adesão aos tratamentos cresce na mesma proporção”, explica Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma, via Panorama Farmacêutico.