Você sabia que, a cada hora, três brasileiros se intoxicam por conta de medicamentos e, na maioria das vezes, consumidos sem orientação médica ou farmacêutica (1)?
E o farmacêutico pode ajudar na mudança desse hábito da automedicação, principalmente na temporada outono/inverno na qual a demanda pelos MIPs é maior por conta de problemas como as gripes e resfriados. De acordo com Amouni Mourad, professora do curso de Farmácia do Mackenzie, esse profissional tem um papel fundamental na etapa de aconselhamento do público para o uso correto. Além de serem especializados para atuar em diversas áreas, por exemplo, na farmacologia, em hospitais e em laboratórios de análises clínicas, é na farmácia que eles são os responsáveis pela orientação e dispensação segura.
“O trabalho da atenção farmacêutica junto à população no instante da dispensação do medicamento é de grande relevância, pois é nesse momento em que o paciente vai receber as recomendações sobre como usá-lo, a dose certa, o tempo de tratamento, riscos ou benefícios, ou dependendo do caso, ser orientado a procurar uma unidade de saúde (2) ”.
Combatendo a automedicação no dia a dia da farmácia
Pelo fato da maior busca pelos OTCs no período do frio, Amouni afirma que fazer campanhas ajudam a informar a respeito dos perigos da automedicação. Dessa forma, o estabelecimento pode promover um dia ou até mesmo uma semana de atendimento personalizado para as medicações utilizadas em doenças autolimitadas como gripe, tosse, resfriado, febre, rinites entre outras condições que sejam identificadas como males menores que aumentam nas estações.
Outra sugestão da professora para auxiliar o público com relação à automedicação, é fazer divulgações por meio de banners, cartazes, folders e redes sociais disponibilizando serviços aos consumidores, fazendo com que eles entendam a importância da atenção farmacêutica em prol da própria saúde. “Com isso, os clientes irão procurar esse aconselhamento sabendo que terão um atendimento diferenciado”.
Os perigos da automedicação
Segundo Amouni, qualquer medicamento é capaz de gerar riscos seja tarjado ou não. A professora explica que os fármacos têm ação no organismo podendo ocasionar reações adversas e intoxicação, porém esses fatores vão depender do quadro do indivíduo e do item usado.
“A automedicação sem orientação é muito preocupante, tendo em vista algumas razões como: a pessoa não conhecer a verdadeira causa da sua patologia e mascarar alguma condição de saúde mais séria, interações medicamentosas, além das intoxicações e reações adversas. Portanto, é importante que o paciente seja avaliado para saber se o problema é autolimitado, por ser um mal menor, e assim ser tratado com um MIP. Porém, é essencial pedir ajuda a um farmacêutico para que ele o ensine sobre o uso adequado desses produtos”.
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Referências
(1) Anvisa e Sistema Nacional de Informações Toxicológicas (Sinitox).
(2) A AUTOMEDICAÇÃO NO BRASIL E A IMPORTÂNCIA DO FARMACÊUTICO NA ORIENTAÇÃO DO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS DE VENDA LIVRE: UMA REVISÃO. Karine Azeredo Soterio| Profa . Marlise Araújo dos Santos, Ph.D. disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/graduacao/article/viewFile/25673/14968