Você já ouviu dizer que atender bem não é um diferencial, mas uma obrigação? É isso mesmo. Atender bem é obrigação. O diferencial existe quando você entrega ao cliente uma experiência de compras que vai além do que ele encontra em qualquer outro estabelecimento. Para o diretor do Instituto Bulla, Cadri Awad, o diferencial é quando eu extrapolo a expectativa de compras do cliente e entrego mais do que o cliente esperava.
Falando especificamente do atendimento no balcão de medicamentos, a farmácia precisa ter um protocolo para nortear o trabalho dos profissionais que vendem, definindo listas de indicação e intercambialidade de medicamentos, bem como, todos os procedimentos para padronizar o atendimento prestado aos clientes. “Na intercambialidade, por exemplo, o estabelecimento precisa definir processos e como o vendedor deverá agir. O vocabulário do atendente aqui precisa estar à altura do público-alvo atendido e o profissional precisa ser preparado para lidar com objeções e dúvidas dos clientes. Estamos lidando aqui com a saúde das pessoas e é preciso ter responsabilidade e comprometimento com o bem-estar do cliente/paciente. A intervenção do farmacêutico neste local deve ser fazer presente continuamente a fim de gerar autoridade e credibilidade com o objetivo de agregar valor e confiança a cada venda realizada”.
O coordenador do Núcleo de Varejo da ESPM e consultor especializado em estratégia e gestão, Ricardo Pastore, ressalta que a farmácia vende soluções e não produtos. Portanto, a equipe de atendimento deve ter exato conhecimento sobre o seu papel no atendimento. Quando o cliente chega ao balcão ele quer agilidade e segurança. “Fazer muitas perguntas deixa os clientes inseguros e provoca estresse, irritabilidade. A etapa do balcão é uma das etapas da jornada do cliente, portanto é necessário entender (sem perguntar) por onde esse cliente passou, quais foram os pontos de contato, como foi a experiência, para dar continuidade, concluir a venda e fidelizar, obtendo uma boa avaliação.”
O que deve ser evitado: