Visto por muitos como uma porta de entrada para o mercado de trabalho, o varejo é o setor que mais emprega no país. Uma das razões está no fato dele ser conhecido como uma boa opção para ingressar, além de oferecer possibilidades dentro da trajetória profissional. 

Para a carreira no varejo farmacêutico não poderia ser diferente. Aliás, de acordo com Jorge Jubilato, diretor vogal do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR), a área apresenta desafios como todas as outras, porém, está conseguindo equilibrar as consequências da crise que atinge o país nos últimos anos, tornando-se muito atrativa.  “De modo geral, o mercado está difícil em razão do turbulento cenário político e econômico pelo qual o Brasil atravessa. Entretanto, o canal farma vem conseguindo vencer essas dificuldades”, explica o diretor. 

Segundo o diretor vogal do IBEVAR, assim como ocorre na rede de atacados alimentares, o varejo farmacêutico vem sentindo com menos intensidade os impactos da instabilidade, conseguindo crescer de maneira consistente. “À medida que esse segmento se aperfeiçoa e fica mais sofisticado, ele passa a demandar mais dos funcionários os quais precisam se especializar”, orienta Jorge que desmitifica a premissa de que os estabelecimentos não são promissores para as expectativas profissionais.  

Para desenvolver uma carreira no varejo farmacêutico 
Produtividade é a palavra do momento não só no ramo das farmácias, conforme conta Jorge. A forte expansão das redes farmacêuticas gera otimismo, mas também acirra a concorrência. Com isso, Jorge salienta que, para conseguir uma boa posição é fundamental levar vários fatores em consideração, sendo mais comportamentais do que técnicos, já que as questões técnicas são pré-requisitos e sempre podem ser desenvolvidas de forma mais rápida. 

“Para ampliar as chances de crescimento da carreira no varejo farmacêutico e melhorar a sua colocação, o indivíduo deve focar nos resultados gerados pela realização do seu trabalho. Sempre haverá espaço para fazer as atividades com mais qualidade, mais rapidez ou menos desperdícios, o que aumenta a produtividade. É necessário ter senso de dono, focar no bom atendimento ao cliente, oferecer soluções e exercer sua função com dedicação, cooperação, ética e comprometimento”.  

Quanto às possibilidades de evolução da carreira no varejo farmacêutico, Jubilato afirma que o setor varejista está cada vez mais voltado para a especialização e o desenvolvimento de pessoas. Por essa razão, a equipe que ocupa funções operacionais ou mais específicas no PDV tem chances de crescer chegando até a cargos de liderança. Já no time comercial, por sua vez, as boas oportunidades costumam surgir para aqueles que entendem a experiência do consumidor no ponto de venda e têm habilidades de negociação e persuasão.  

Em conclusão, a carreira no varejo farmacêutico, bem como a de outras categorias, requer dedicação e disponibilidade. “É preciso ter consciência de que trabalhar nesses estabelecimentos não é fácil. O ramo de farmácias é tão exigente quanto os outros e quem atua ou deseja atuar, deve ter clareza que pode, de fato, contribuir e agregar valor à organização”, finaliza Jorge. 

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