O
mix de produtos das farmácias é composto por uma variedade de categorias e já
existem distinções nelas se focarmos somente nos fármacos. Assim, para a
prestação de um bom atendimento, é essencial que toda a equipe do canal farma tenha
conhecimento sobre cada uma delas e de seus papéis.
De
acordo com Cadri Awad, farmacêutico, palestrante para o varejo e diretor de
cursos do Instituto Bulla, quando falamos em categorias de remédios, temos, do
ponto de vista técnico, três tipos principais: medicamentos de referência,
similares e genéricos.
Comercialmente,
a farmácia faz a distinção deles de acordo com os papéis que desempenham. Os de
referência visam a atender as prescrições médicas; os genéricos têm como foco a
intercambialidade; e os similares atendem indicações médicas e a intercambialidade.
Dentro dessas especificações, existem os medicamentos isentos de prescrição
(MIPs), que são vendidos tanto por indicação como por procura espontânea.
“Os
de referência e similares não bonificados são conhecidos também como
propagados, RX ou de prescrição médica e, vulgarmente, chamados de linha ética.
A maioria da demanda por eles se dá por meio de receita”, explica Awad.
“Dados
da pro-genéricos apontam que a categoria tem mais participação justamente na
região Sul e boa parte da região sudeste do Brasil, onde o IDH e a renda per capta são maiores. Isso comprova que
maior é o grau de instrução, mais alta é a adesão ao genérico e similar.
Portanto, não se pode falar em distinção de público,” completa.
Em quais categorias apostar?
Segundo
o farmacêutico, uma farmácia tradicional deve ter os três tipos, porque a
intercambialidade dos de referência para os genéricos ou similares
intercambiáveis só é bem vista quando é comprovada a presença do fármaco prescrito
no estoque do PDV. Do contrário, o consumidor pode encarar a sugestão do genérico
ou similar como uma tentativa de “trocar a receita” por indisponibilidade do
produto prescrito.
“O
genérico ou similar bonificado são sempre boas opções, já que garantem mais
rentabilidade para o PDV, economia para o cliente e valorização da orientação
farmacêutica. Se a farmácia estiver próxima a hospitais, clínicas e bairros de
classe média, é essencial que tenha todas as opções”, complementa Cadri. Nas de
perfil popular, é comum o cliente já focar em economia, sendo, assim, o genérico
ou o de marca mais barato as melhores indicações.
Como expor esses produtos?
Em
grupos ou em ordem alfabética, para facilitar a identificação por toda a equipe,
agilizar o atendimento e evitar confusões, é o que profissional recomenda
quanto à exposição das categorias. Os remédios de referência e similares não
bonificados são, geralmente, agrupados. Genéricos formam um grupo à parte e,
por fim, similares bonificados, outro. “Mesmo sendo medicamentos de marca,
estrategicamente, não se pode misturar os chamados similares não bonificados
com os bonificados, já que cada um deles têm um papel definido”, esclarece.
O
farmacêutico deve permitir que o próprio consumidor faça a sua escolha e, para
isso, é imprescindível que todas as opções sejam apresentadas no momento da
compra. O vendedor deve explicar da forma mais simples possível o porquê de as
opções intercambiáveis serem confiáveis e seguras. Segundo Cadri, a
intercambialidade só faz sentido se leva o consumidor à economia ou supre a
indisponibilidade da opção principal.
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