19 de janeiro de 2024

Desinformação sobre medicamentos na era da IA

Desinformação sobre medicamentos na era da IA

O perigo da desinformação sobre medicamentos na era da IA 

A propagação de desinformação sobre medicamentos na era da Inteligência Artificial é a mais recente preocupação, no setor fármaco, em relação ao ChatGPT, a plataforma de IA mais renomada da atualidade.  

A ferramenta, criada pelos norte-americanos do laboratório de pesquisa Open AI, tornou-se um sucesso mundial em pouco tempo de funcionamento, batendo 100 milhões de usuários em dois meses.  

Além de seu emprego para a construção de textos, muitos usuários focam em pesquisas sobre diversos assuntos dentro do aplicativo.

 Ao decidir consultar sobre quais medicamentos tomar em determinadas enfermidades e a consequente automedicação – um problema que anualmente causa mais de 30 mil casos de internação por intoxicação medicamentosa e cerca de 20 mil mortes no Brasil –, o internauta descarta a orientação do farmacêutico, o profissional qualificado para esses casos. 

Pesquisa sobre desinformação sobre medicamentos na era da IA.

Ao mesmo tempo que a tecnologia traz progresso nos mais variados campos científicos, ela pode gerar impasses quando não é bem empregada.  

A prova disso é o estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Long Island. Na pesquisa, foram feitas 39 perguntas sobre remédios ao ChatGPT, e as respostas foram comparadas às fornecidas por especialistas. 

Respostas incorretas e fontes falsas 

O resultado, porém, foi desanimador, com a comprovação, em relação à IA, de desinformação sobre medicamentos. Veja: 

● Apenas um quarto das questões foi respondida com exatidão;
● As informações não estavam precisas ou incompletas;
● As respostas do chatbot fugiam do tópico em análise;
● Interações medicamentosas foram ignoradas pela ferramenta;
● Fontes indicadas pelo ChatGPT se mostraram inexistentes. 

Procurada para prestar esclarecimentos do resultado da pesquisa, o porta-voz da OpenAI explicou que a utilização do chatbot não está configurada para oferecer informações médicas, algo enfatizado na política de utilização do ChatGPT. 


Por que a pesquisa foi feita?

Com o alcance cada vez mais amplo da plataforma de inteligência artificial, a questão sobre a segurança das informações disponíveis no chatbot motivou a ideia de fazer o estudo e identificar os pontos críticos. 

O objetivo com a divulgação do resultado é evitar que as pessoas utilizem as informações disponibilizadas pelo ChatGPT e outros mecanismos de IA para se automedicarem ou medicarem familiares e amigos, sem procurar anteriormente um farmacêutico. 

Como o farmacêutico pode evitar a automedicação?

Algumas maneiras do farmacêutico evitar a automedicação dos clientes são:

● Diálogo amigável e aberto;
● Fornecer informações confiáveis;
● Explicar os riscos associados à automedicação;
● Incentivar os clientes a buscar orientação médica;
● Alertar sobre a resistência a antibióticos.



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Crédito da imagem: iStock.com/SergeiChuyko

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