Conviver com dores constantes é desafiador e um fardo para muitas pessoas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) relata que 30% da população se queixa de dor crônica.
Mas o que de fato caracteriza essa condição?
A dor considerada crônica é aquela que persiste por mais de três meses, segundo a maioria dos critérios. Entretanto, há outros indicativos de que, em alguns casos, esse período é maior, podendo ser em torno de seis meses.
A anestesiologista Dra. Roseni Lopes Bueno explica que a dor crônica é considerada uma disfunção do sistema somatossensorial, que persiste além do tempo da lesão. “A dor passa a ser a própria doença e isso afeta a qualidade de vida das pessoas”, afirma.
Tipos de dor crônica
A dor crônica pode manifestar-se em qualquer parte do corpo, em qualquer pessoa, já que pode haver diversas causas, dependendo do seu estágio. Isto será determinado, principalmente, pela avaliação de um médico, baseado em exame físico e exame clínico. Os dois principais tipos de dor crônica são: dor neuropática e a dor nociceptiva ou somática.
A dor neuropática é causada por uma disfunção do sistema nervoso, que pode ser no cérebro, na medula ou nos nervos periféricos.
As principais causas podem estar ligadas a casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e outras lesões nos nervos.
Já a dor somática está ligada a uma lesão ou inflamação dos tecidos da pele, que é detectada pelo sistema nervoso como uma ameaça.
A saber, entre as possíveis causas estão: queimaduras; fraturas; fortes pancadas; tendinite; contraturas musculares e infecções.
Dor crônica tem tratamento?
O tratamento envolve muitos cuidados e vai além de só focar na dor; é importante também tratar a causa para obter resultados mais satisfatórios.
A administração de medicamentos é indicada por meio do uso de analgésicos e pode ser combinado com métodos físicos. Em casos extremos, a cirurgia também é considerada uma possibilidade.
Todavia, a médica afirma que a fisioterapia e outras terapias como acupuntura e radiofrequência são fundamentais para atenuar a dor. “Melhorar a condição de dor é fundamental para uma boa reabilitação”, reforça a anestesiologista.
A adoção de hábitos saudáveis como a prática de atividades físicas – que estejam de acordo com a indicação do médico – e uma alimentação balanceada, também são atitudes indicadas pelos especialistas para ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas que convivem com dores constantes.
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Fonte: Prati-Donaduzzi
Crédito da imagem: iStock.com/SARINYAPINNGAM