Celebrado em 20 de maio, o Dia Nacional do Medicamento Genérico foi criado com o intuito de marcar as comemorações da indústria farmacêutica pela comercialização da categoria, tendo em vista que é um marco para a democratização do acesso aos tratamentos e expansão do segmento no Brasil, conforme explica Vinicius Castagna, gerente de produtos genéricos da CIMED.

E por que não aproveitar a data e reforçar a importância desses grandes impulsionadores de vendas? Segundo o gerente, além dos materiais de comunicação expostos no PDV, informando sobre a presença genéricos e o que são, as farmácias podem treinar seus balconistas e farmacêuticos para falar de maneira sucinta aos pacientes a respeito da classe para que possam não só ter conhecimento, mas também aumentar o nível de confiança nessas medicações que possuem a mesma formulação que os de referência. 

“O mercado de genéricos no Brasil vem em franco crescimento, com evolução de 48% nos últimos 5 anos. Hoje, 25% das vendas de medicamentos no país são do segmento, movimentando cerca de R$ 10 bilhões no varejo farmacêutico (1)”, ressalta Vinicius.

Genéricos: como trabalhar a categoria no dia a dia da farmácia?

1 - Sortimento
De acordo com o gerente de produtos genéricos da CIMED, para elaborar o sortimento, de forma geral, o cálculo das quantidades deve ser feito levando em consideração: a quantidade média vendida, a procura na loja e a tendência do mercado. É fundamental lembrar que um produto é capaz de impactar positivamente nas vendas daqueles que podem ter uma atuação complementar, como o paracetamol e a vitamina C, demandando maior atenção para a manutenção do estoque das duas apresentações.

“Vale ressaltar que os genéricos de uso contínuo, por exemplo, para hipertensão arterial, doenças do sistema nervoso central, tais como ansiedade e depressão, e a linha voltada para o trato gastrointestinal, necessitam estar sempre presentes, especialmente em períodos econômicos mais desafiadores que levam as pessoas a buscarem por opções mais em conta”, adiciona.

2 - Princípios ativos mais buscados pelo público
Vinicius comenta que a losartana e a hidroclorotiazida são os principais anti-hipertensivos para a linha de genéricos, e a sildenafila é a terceira mais relevante em volume de vendas. O gerente ainda destaca que nos TOP 10 é possível encontrar remédios de uso corriqueiro, como a nimesulida (anti-inflamatório) e o paracetamol, indicado para dor e febre (1).

3 - Exposição dos genéricos isentos de prescrição
Os MIPs genéricos precisam ser expostos nas sessões que concentram os produtos com a mesma indicação, junto das medicações de referência, conforme ensina o gerente. Aqueles com maior giro devem estar à altura dos olhos para facilitar a visualização e acesso. Além disso, é válido posicioná-los na prateleira de modo que fiquem em pé e seja fácil a leitura da embalagem. Portanto, a organização no estabelecimento simplifica a aquisição de um fármaco sem prescrição mais barato pelo consumidor.

4 - Ampliando as vendas
Segundo Vinicius, para muitas patologias ainda existe um nível baixo de conhecimento sobre os riscos e necessidades de tratamento, fazendo com que ações de conscientização sejam extremamente importantes, a fim de levar as pessoas a procurarem ajuda médica e aderir aos cuidados recomendados. 

“Assim, informar aos pacientes a respeito das enfermidades e seus riscos é imprescindível para ampliar o alcance dos genéricos, a adesão aos tratamentos e, consequentemente, levar a categoria a ter resultados cada vez mais expressivos. Outro fator primordial é manter o estoque abastecido e o time de atendimento treinado para poder garantir as terapias de custo reduzido proporcionadas pelo segmento”, complementa.

5 - Intercambialidade
No caso de medicamentos tarjados, o farmacêutico precisa verificar qual a molécula e dosagem prescritas e oferecer ao cliente o genérico equivalente, respeitando a receita médica. Já com relação aos MIPs, que estão localizados fora do balcão, e podem ser adquiridos livremente pelo público, é essencial que os farmacêuticos estejam à disposição para tirar dúvidas sobre os itens e quais são os genéricos correspondentes às marcas, de acordo com o gerente de produtos genéricos da CIMED.

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Fonte - Informada por Vinicius Castagna, gerente de produtos genéricos da CIMED.
(1) PMB IQVIA MAT 03/2020