No Brasil está muito difícil definir a sazonalidade a não ser pelo calendário: o tempo e a temperatura andam muito instáveis durante todo o ano. De qualquer forma, deve-se antecipar alguns cuidados com relação à chegada do inverno.
A sugestão é que as compras sejam baseadas em uma análise do histórico de vendas consolidada dos anos anteriores e também com as informações de lançamentos dos fabricantes e mix futuro de itens dos concorrentes.
Segundo informa a mentoring empresarial, palestrante e consultora de empresas, Silvia Osso, a Curva ABC dos produtos sazonais de inverno precisa ser analisada. “Este estudo faz com que as vendas sejam acrescidas aos poucos e subam no decorrer dos meses seguintes até que no início da estação de inverno, julho (21 de julho) a loja esteja abastecida adequadamente”, diz.
Há muitos produtos sazonais relacionados às patologias típicas de inverno. Os medicamentos, principalmente os isentos de prescrição, são os direcionados para gripe e resfriado, febre, asma e bronquite. Entre os não medicamentos é possível destacar: soluções para lentes de contato, inaladores, vaporizadores, hidratantes e óleos corporais, hidratantes labiais, máscaras para tratamento capilar, esmaltes, maquiagens, colorações, entre outros.
O Covid-19 não muda o mix da farmácia durante o inverno. “As alterações acontecem quando há algum lançamento a ser incluído. Medicamentos sazonais de inverno tem uma permanência grande tanto por parte dos fabricantes quanto por parte dos consumidores. A única mudança observada de forma mais significativa, é a busca espontânea pelo aumento da imunidade por meio de suplementos e vitaminas”, revela Silvia. Ainda de acordo com a especialista, presencialmente o que muda é que os consumidores querem lojas mais seguras, com ótima ventilação, presença de álcool gel e demais cuidados por parte dos atendentes como uso de máscaras e distanciamento.
No que diz respeito à exposição, as categorias não mudam de lugar. O que muda é que além do ponto natural, devem existir pontos extras chamando a atenção dos produtos sazonais, além de ótima sinalização visual. Os pontos extras devem utilizar prioritariamente as pontas de gôndolas, cubos expositores em locais de alto tráfego da loja e se possível, sem atravancar, os checkouts. “É possível fazer uso também da técnica de cross-merchandising, associando produtos correlatos. Por exemplo, uma pessoa resfriada irá buscar um medicamento e pode estar precisando também de vitaminas, lenços de papel ou máscaras. Ao encontrar os itens expostos próximos uns dos outros, há uma elevação do tíquete médio”, sinaliza Silvia.
ITENS MAIS PROCURADOS NO INVERNO
- Antigripais;
- Analgésicos;
- Antitérmicos;
- Antialérgicos;
- Loções e bálsamos para dores e inflamações tópicas;
- Lenços descartáveis;
- Hidratantes para pés e mãos;
- Colorações para cabelos;
- Esmaltes em tons mais escuros (vermelhos, nudes terrosos, marrons);
- Vitaminas e suplementos;
- Soros fisiológicos para inalação;
- Termômetros;
- Cremes e óleos hidratantes para o corpo;
- Cremes hidratantes para cabelos;
- Hidratantes para o rosto;
- Protetores labiais;
- Protetores solares;
- Maquiagens;
- Inaladores, nebulizadores e umidificadores de ar;
- Géis antissépticos (álcool gel).
DOENÇAS MAIS COMUNS DURANTE O INVERNO
- Alergias respiratórias, como a rinite e a asma;
- Amigdalites – inflamação das amígdalas (órgão de defesa) – cujos sintomas são dor na garganta ao engolir, febre, mau hálito e aumento dos gânglios no pescoço, que podem ser causados por vírus ou bactérias;
- Otites – dor de ouvido – habitualmente ocasionadas por vírus e bactérias, que inflamam a garganta ou seios paranasais, e que podem se expandir para o ouvido;
- Reumatismos como a artrite, a artrose e a fibromialgia;
- Dermatites, além dos eczemas, psoríase e micoses.
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