O ano de 2020 será sempre marcado pela pandemia da covid-19. Apesar de não ter acabado, esse novo cenário trouxe alguns aprendizados para todo o tipo de negócio, principalmente para o canal farma que tornou-se ainda mais fundamental para todos.
Quando se fala em tecnologia, o e-commerce e o delivery ganham destaque. Segundo Ivan Coimbra, diretor-executivo da Abradilan, nos primeiros 15 dias de março de 2020, as vendas globais de comércio eletrônico no Brasil ampliaram 40% em comparação com o mesmo período em 2019, de acordo com a pesquisa realizada pela Statista Research Department.
“O número de novos compradores online também aumentou durante o mês. Enquanto isso, as vendas online de produtos relacionados à saúde cresceram mais de 120% no país. Porém, muitas empresas que ainda estavam cogitando apostar no e-commerce há tempos, estão agora acelerando os seus processos de entrada. Enxergaram este como uma das melhores saídas para continuarem operando”, complementa.
O diretor-executivo da Abradilan também comenta que, segundo a pesquisa TIC Domicílios, 70% da população brasileira utiliza internet. Desse número, 48% adquiriu ou usou algum tipo de serviço online, como aplicativos de carros, serviços de streaming de filmes e música, ou pedido de comida ou medicamentos, todos dentro de atividades de e-commerce.
“Aposto que para o ano que vem este número terá subido significativamente e o novo coronavírus será uma das variáveis capazes de justificar tal mudança. Um estudo feito pela Konduto, empresa brasileira de soluções de combate a fraudes, aponta que seis setores do e-commerce tiveram um desenvolvimento significativo nesse período de quarentena em virtude da covid: brinquedos (+643,05%); supermercados (+448,09%); artigos esportivos (+187,90%); farmácias (+74,70%); games online (+58,46%); entregas (+55,66%)”, acrescenta.
Já no caso do delivery, Ivan comenta que essa solução sempre foi estratégica e, agora, mais do que nunca é um ótimo momento para explorá-la, podendo proporcionar aos consumidores a realização de pedidos online (incluindo contatos por redes sociais e WhatsApp). “Mesmo que depois da pandemia haja uma queda nos pedidos, é algo que as farmácias precisam oferecer”, alerta o diretor-executivo da Abradilan.
Serviços e a valorização do farmacêutico
Se já era considerada como um estabelecimento de saúde, com a pandemia da covid-19, a farmácia transformou-se ainda mais em um local de apoio para a população. Para Ivan, as lojas têm total competência para realizar testes rápidos e aplicação de injetáveis, como as vacinas, mas desde que estejam devidamente preparadas, equipadas e autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, a equipe deve ter todo o treinamento necessário para a manipulação e orientação do público.
“Os farmacêuticos ganharam sim mais força na pandemia porque passaram a ser o profissional de saúde mais disponível para conversar com os pacientes e orientá-los quanto aos primeiros sintomas, medidas de prevenção, observação e evolução da doença e, também, ressaltando a importância do isolamento e direcionando os casos suspeitos aos atendimentos de saúde recomendados”.
Mudanças já identificadas
Ivan explica que a prevenção é a palavra de ordem já que a população passou a se preocupar mais com hábitos de higienização correta das mãos, com água e sabonete líquido e/ou por meio do álcool gel, proteção respiratória com as máscaras, uso de vitaminas C e D, para aumento da imunidade e proteção contra gripes e resfriados, por exemplo, o que mostra as categorias que estão em alta.
Na questão do comportamento do público, o diretor-executivo da Abradilan comenta que os consumidores estão mais receosos de ir ao ponto de venda, sobretudo em farmácias e drogarias, já que consideram que grande parte das pessoas que estão por lá estejam doentes. Assim, as compras tendem a ser mais rápidas, pois os shoppers não ficam trafegando pela loja, entram e compram exatamente o que precisam.
“O período pede adaptação a todo momento e cada dia é diferente do outro. É necessário auxílio, agilidade, rapidez, filas zero, itens bem posicionados com comunicação visual clara e objetiva. Além disso, produtos da sazonalidade e correlatos podem ser expostos no caminho de percurso do cliente da entrada até o balcão e do balcão até o checkout, como lenços de papel, sabonete líquido, álcool gel, vitaminas, pastilhas entre outros”, finaliza Ivan.
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